( Surfcasting) A fotografia perfeita

Olá...

O regresso do Guilherme a Portugal trouxe finalmente um sorriso para mim no que toca a uma pesca tão especial para mim. Ele carrega energias positivas e isso contagia quem com ele pesca... Tinha muitas saudades meu amigo... Muitas...

Durante a semana tínhamos falado em arranjar um dia para ir a pesca, mas o mar grande, o meu pouquíssimo tempo no momento estavam a complicar a pesca...

Pensámos em ir lançar umas pedradas durante a semana mas o mar nunca deixou, e estivemos quase a desistir, mas a vontade era tanta que lá se arranjou uma solução para fugir ao mar bruto que estava por aqui.

Já que a coisa parecia finalmente se dar... Vai de falar com 5 pessoas, das quais duas puderam nos acompanhar. E foi assim que com o Santos e o Joãonumberone, lá fomos em direcção a um paraíso.

Agora imaginem o que foi logo de início tentar meter a tralha de 4 pessoas num Peugeot 206... Meia hora com malas para cá, malas para lá, com sacos e saquinhos, com botas e casaquinhos.... E no final, lol...
- " Epa Filipe, isto não dá... como é que agora vamos no carro???"...
- " Pois realmente não pensei nisso..."

E vai de dividir a tralha para se ir dois por carro...

E como o telemóvel do Guilherme tinha um GPS magnífico eles foram a frente, sempre a garantir o sucesso do nosso percurso...

Começamos logo bem e saímos na saída mais longe do objectivo... Mas menos mal... Só que numa determinada estrada pelo caminho eis que... Virámos a direita e era a esquerda... Porque razão estas coisas se dão tal e qual nos filmes onde os actores se enganam sempre no lado para o que viram???
Bem lá fomos andando e andando... e a certa altura eu digo para o Santos... " Eles estão no sentido errado... e ri-me" e ele diz logo... " Mas então apita, porque não dizes nada ?..." Epa deixa-os ir mais um bocado... Ate que o carro deles para e confirmá-mos isso mesmo... Andámos uns 15 km. para o lado contrário... E o Guilherme vai ao google maps, e depois mete no GPS o objectivo e vimos que realmente era para trás... e vai de voltar... Estávamos nós a caminho e ... já perto pois eu mais ou menos sabia onde se tinha que virar... Vejo-os a virar numa entrada esquisita sem placa e digo logo ao Santos enquanto me ria... "  Epa eles viraram de novo para o lado errado, ahahah!!! E o Santos com uma cara de amalucado... " Oh PA FILIPE... APITA-LHES..." E eu nas calmas, disse-lhe para ter calma que desta estávamos perto... e eu sabia onde era... Lá os avisei e eles danados... " Vai tua frente..." e assim foi... E na placa seguinte...lol...
Estávamos onde há umas horas atrás queríamos estar...

Ao chegar, todo aquele encanto, o cheiro, deixou-me esperançado... O mar lindo, espumado e azulão encheu-nos de esperança... Toca de tirar a tralha toda e ir direito ao pesqueiro...  Escolhemos um spot com alguns fundões, para sou sincero... Esperava ver aquele pesqueiro com melhores condições...

Mas isto nem foi o pior... Sabem, o surfcasting é mesmo uma pesca para duros... Aquela logística, aquela tralha toda, o andar pela areia com dezenas de quilos as costas... E uma dureza...

Grande desilusão... O mar estava bonito, mas um pouco bruto e as aguagens eram muito fortes... Nenhuma chumbada pegava. Ainda tentei mudar para pirâmide, aumentei para 160 gramas... Mudei de local, mas percebi que ia ser em vão...

O que fazer quando longe de casa, com o dia a escurecer, sem o mar dar para pescar, com iscos comprados para uma equipa de futebol... E acima de tudo com uma enorme ilusão... Sim porque se o sonho comanda a vida como dizia António Gedeão, a ilusão alimenta o homem... E naquele momento sentia um misto de ilusão com desilusão... Oscilava entre um desapontamento enorme por estar com a pesca praticamente estragada, e uma vontade enorme de pescar e não desistir pois estava com bons amigos e tinha esperado meses por aquele momento...

Falei com o Guilherme e decidimos ir embora e tentar salvar a pesca, procurando resguardar-nos numa zona onde o mar deixasse pescar... Rumo a Norte, lá fomos nós... E mais meia hora perdida, ou ganha... Ao chegar ao local, carros atrás de carros... e mais carros e mais carros... Bem, mas aquilo tinha um bar, julguei que fosse disso... Mas ao chegar a praia!!! My god! Que mal fizemos nós??? Dezenas de pescadores, canas aos magotes, resmas delas, para sul, para norte... No meio disso, um dos pescadores, o Diogo, conheceu-me e foi super simpático oferecendo para ficarmos por lá que eles encolhiam o seu espaço. Um agradecimento a eles. Muito obrigado pela atitude! Mas não fiquei por dois motivos: Um devido ao mar estar caído demais para o meu gosto, outro porque éramos 4, e porque mesmo com boa vontade não ia dar para estarmos a vontade... Ao ver o mar assim, com tanta diferença, disse ao Gui... Aqui não, vamos subir... Vamos pa... Tentemos mais a Sul, vamos ao encontro do meio termo... E lá fomos... Mais uns vinte minutos e lá chegámos a uma entrada para praia... Que se dividia... Escolhi uma e lá fomos nós... Mas ao chegar ao parque!!! Carros e mais carros... Fui falar com a malta da praia... O mar estava mais forte, mas deixava pescar com 150. O problema foi que tal como na praia anterior... Eram mais pescadores que praia... E não ia dar para pescar... Sem andar km´s pela praia até haver lugar... E no meio da falta de vontade em andar, com um feeling em não ficar ali, que não se explica, sente-se... Resolvi pedir ao pessoal para irmos mais uma vez, pela enésima vez, procurar outra praia... E meio perdido pelos caminhos... fui sempre com o instinto no mar, e fomos dar a outra praia... Onde vejo um grupo a ir embora e perguntei se o mar deixava pescar e como estava de pescadores???
- " O mar bate um pouco, mas pesca-se bem...mas está cheia de malta, se querem pescar vão ter que andar muito... pelo menos estão uns 20 pescadores para cada lado... E naquele momento fez-se um clic cá dentro!

Mas que raio... Olhei para o Guilherme e ele, claramente o mais enérgico do dia... Disse-lhe " Como é? Vamos andar??? E ele agarrou nas malas e começou a andar... e fui atrás... Com ganas, com garra, e com a ideia que não havia mais solução e sentia-me tão frustrado... Logo no inicio estavam os dois lugares do pessoal que bazou e o Santos e o João para não andarem tanto ficaram por lá... Despedimos-nos por umas horas e continuámos o nosso caminho, metro atrás de metro, foi uma boa meia hora a quarenta minutos sem parar, sempre a andar... Lá ao longe víamos o fim daquele comboio de canas e a ilusão de lançar as canas guiava-nos por aquele areal... E finalmente estava a metros o último pescador, que não me esqueço pelos seus grandes starlight´s vermelhos... E após passar por ele ainda andei um bocado a procura do melhor spot... E ali nuns cabeços parámos... E começou a nossa pesca. UFA, PORRA!!!

Em menos de 20 minutos tínhamos tudo montado, acampamento e canas. Agora era começar a bombar. A noite estava muito fria, mas magnífica, o vento tinha acalmado um pouco e até se estava bem.

Eu apostei numa cana com apenas um anzol com estralho Sufix 0.35mm com Lula da arte e outra com dois anzóis, com cerca de 70 cm. com 0.35mm. alternando entre batata, ameijoa, casulo e bibis.



Depois de ter as canas na água, fui me sentar a comer os meus maravilhosos hambúrgueres que sem o Miguel por perto eram só meus!!! Estavam maravilhosos, e depois com dois donuts de sobremesa e um café do Gui fiquei tão cheio que estava a ver que rebolava pelo cabeço de areia abaixo!!!

Mas a sério, abusei mesmo... Nem me conseguia mexer. Mas nisto vejo o Guilherme a ir ao encontro da cana... Ela mexia um pouco... Seria a estreia perfeita para a SAT dele? Mas a minha pança não me deixava mexer... até que... Resolvi correr... E ir ver se era preciso ajuda pois vi que ele estava a a andar na lateral e percebi ser peixe na escoa... Liguei a Led lenser a todo o gás... e dei logo com o peixe e sempre deu para lhe dizer que estava a ver o robalo e que era ter calma que estava já naquela altura controlado. Um bonito peixe, a caminho dos dois quilos...

Foi uma festa pessoal, após aquele esforço todo, aquela sensação de frustação, aquele momento foi magico. Junto a um grande amigo, que torno a ter ao pé de mim, aquilo valeu por tudo, por os metros que andei, pelo esforço que foi andar até ali... Se a pesca tivesse terminado ali garanto-vos que tinha sido perfeito. Não pedia mais. Ver um amigo feliz, foi muito bom. Foi um culminar de um ano em que ele fez muita falta, não só a mim, mas certamente as pessoas com quem ele privam e aquilo foi pura magia...

E renovámos as iscadas...

Sentei me de novo na cadeira e fomos pondo a conversa em dia...

Falámos de canas... da vida, dos filhos... sei la... No meio daquela escuridão, com um céu imenso carregado de estrelas, julgo que aproveitávamos o momento...

Momento esse que teve outro ponto alto, segundos depois...

Bebia eu o meu café quentinho, quando olho para a Antares, e esta estava a meio caminho da sua parábola, com a ponteira em esforço... E com um misto de surpresa e excitação, levantei-me e comecei a correr... E enquanto corria, o drag já tinha começado a bombar... E eu ja nem pensava, queria era agarrar a cana e ser feliz... E assim que agarrei, senti que tinha ali o peixe da noite, que a minha pesca podia estar feita... E comecei a dominá-lo... Aqui, a força de um portento de cana que e a Antares teve muito mérito... Dominou o robalo, controlou-o, e eu calmamente fui puxando, e controlando o drag que de metros a metros ia "cantando" com a força do peixe. A meio do caminho, ele correu direito a mim, e tive que dar ao braço para manter a linha em tensão, e esperar pelo momento H, a chegada a escoa e ao declive enorme que a praia apresentava, ali estava o perigo, com um peixe que eu ja sabia que era grande, e que num rompante te pode deixar sem possibilidade de reacção se não estiveres preparado... Na escoa, ele correu lateralmente duas vezes, e levou-me linha sempre comigo a acompanhar o movimento e a esperar por uma sensação de segurança... O Guilherme esperava pelo momento de o ir agarrar, e eu com ele a poucos metros, mesmo com a escoa, resolvi tranca-lo e confiar, na minha cana e na linha que me tem dado sempre motivos para tal... A cana vergou toda, a Antares, ficou em grande esforço a suster o peixe mais a força da escoa, e eu com ele travado fui obrigado a ceder um pouco e a descer uns metros direito à agua para aguentar aquele peso, e ao ver nova vaga... Andei para trás rápido, recolhi, aproveitando a força do mar e o embalo... e deixei-o em zona segura...Onde o Guilherme numa corrida o foi buscar... Os olhos brilharam sim... Porque é um bom peixe, mas especialmente pelo significado daquele dia, que para mim era tão especial e que até começarmos a pescar naquela praia, estava a ser tão difícil, tão duro para nós, posso dizer, que me sentia injustiçado com a nossa sorte... Sei lá... É a história, do sonho, da ilusão... o entusiasmo posto numa pesca, com um grupo de pessoas que adoras, com quem te sentes bem, ficas sempre a espera que seja "perfeito"...

E quando algo te põe em causa que essa ilusão se transforme num dia de sonho, ficas revoltado... Felizmente quando já não esperava, embora acreditasse, tudo mudou...

Quando abracei o Gui... Foi magnífico, tudo tinha se encaminhado... Ligámos logo ao João para lhes perguntar se queriam vir, mas ele disse que iam ficar lá e que o Santos já tinha sacado um robalo de 600/700... Era esperar.

Toca a renovar as iscadas e toca a ir de novo lançá-las para dentro de água, cheios de ganas... Continuei a pescar com a Lula na Antares, e a lançar sem grandes loucuras, a procurar mais o fundão do que grandes distâncias... Tinha ali a 50 metros um bom fundão, com cerca de 20 metros de comprimento, fui sempre insistindo para lá... Mas a maré estava cada vez mais vazia, e a zona "quente" estava a ficar sem água... Era tempo de começar a meter a chumbada mais fora... Foi pena não termos chegado mais cedo, pois senti que a noite estava com condições belíssimas para o surfcasting... Mas não vale a pena chover no molhado... Há que saber andar para a frente! E foi assim... Durante duas horas iscávamos feitos loucos de sorriso nos lábios, com a ilusão nos píncaros... Mas a coisa não pegou... e a maré estava muito vazia, e só saiu mais uma baila de tamanho pequeno que foi libertada.

A noite, embora calma, teve uma descida de temperatura brutal, e comecei a sofrer... O cansaço acumulado de uma semana de trabalho... a noite com muita humidade, fui me deixando levar e mesmo com 3 cafés bebidos, fui me sentar na cadeira e descansei um pouco, chegando a adormecer... O Guilherme acabou por se render e durante uma hora e tal nem nos levantámos e as canas ficaram a pescar sozinhas...

Gelei por completo e estive a momentos de dizer ao Guilherme para arrumarmos a tralha, mas lá ficámos e fui tentando aguentar aquele sofrimento...

Quando abri os olhitos, eram 5 da manhã... o Guilherme estava a mudar a SAT e veio de novo sentar-se... Lá ganhei coragem e fui mudar os iscos as minhas, e tirei tudinho, metendo iscos novos... O Guilherme foi então testar os caranguejos pela primeira vez... E la nos sentámos para mais um café... Enquanto falávamos a cana dele toca a dar uns safanões, mas nada demais... Mas ficámos desconfiados... E ele a se lavantou. Eu gelado e sem energia nenhuma nem me mexi... E fui o vendo a andar para a direita e para a esquerda... e continuei impávido e sereno, mas quando o vi a correr para baixo na escoa... Lá dei o pulo da cadeira... E fui a correr encadear o peixe, lol, que ele tão bem trabalhava... Com calma, e já comigo a ver tudo ali ao pé, ele tira um sargalhãooo, grande peixe. Um sargo destes em força, é o mesmo que um grande robalo, é um peixe de grande potência. Um Gourmet...



Que grande sargo que veio a acusar 1.5 Kg. A felicidade que tínhamos na altura era tanta... A pescaria finalmente estava a compor-se e a sacada começava a ficar mais bonita, peixe após peixe...

Claro que aquilo me despertou, um sargo de quilo e meio, acorda logo um gajo... E resolvi ir iscar a cana, e numa delas la usei um caranguejo... E fui-me sentar... Mas por pouco tempo... Finalmente e com a maré a meio da subida, já os fundões tinham muita água, e começou a nossa Happy Hour, uma hora louca, sem parar... Estava eu sentado, e vejo a minha cana a bater, e lá fui eu... e quando olho para trás estava o Guilherme também a correr para a Prime Caster... Mais um sargo a cada um, peixes para 700 gramas. Dois bons peixes. E vai de correr, pois a SAT já batia, um robalo....

Muita alegria por aquele frenesim, e estava na altura de usar a bicha branca, isca que não suporta grandes lançamentos, mas que é letal para bailas e robalos... E de seguida saíram mais dois peixes, um robalo na minha Antares e uma baila ao Gui.

Logo de seguida o Gui saca outro bom sargo, perto de quilo novamente na SAT. Muito bom... Estávamos nas " sete quintas" sempre a correr de um lado para o outro, com bastantes toques, e mais uma vez, cada um com a sua cana a tirar peixe, ele mais um bom sargo e eu, com um doblete, de sargo e baila.



Vi-a na cara dele uma felicidade imensa... Imagino também a minha! Do outro lado eles já tinham desistido, e fizeram muito mal, pois o lusco-fusco é um momento normalmente mágico e que dá bons peixes...

Mais um lançamento com mais um robalo para o Gui, e com a minha Noucast Strattocast vergada, com o seu híbrido a trabalhar na plenitude.
Trabalhei com calma o peixe que curiosamente não deu luta e já tinha um bom tamanho... Já na escoa fui bruto pois julguei que fosse mais pequeno pela pouca força que produzia, mas o peixe estava perto e mesmo tendo soltado, dei uma corrida e agarrei a mão... Mais um bom robalo... Fiquei todo satisfeito, mais um excelente peixe a juntar a nossa já gorda " molhada" e que ainda não estava terminada...

O dia esse, ao nascer, acalmou o mar, que ficou quase uma piscina, longe do que esteve durante a noite e nos deixou com a ideia de que a pesca estava feita. Ainda deu tempo para o Guilherme tirar mais um sargo, e eu uma baila pequena que foi devolvida.

Com o João a ligar para nós, farto de esperar junto ao carro, la fomos arrumando a tralha...


Estava a uns 40 minutos do carro... Pelo caminho fui parando de 10 em 10 metros, exausto, sem mais forças... Foi mesmo muito duro chegar ao carro... Quando lá cheguei, julgo que uma hora depois, devido a tanta paragem que fiz, tinha todos a olharem para mim e a verem a minha figurinha de desgraçado, e em vez de me virem ajudar, riam!!! Só me apetecia bater-lhes...

Quem por lá andava era a malta do Oeste, que estava de balada... Foi tempo de despedir-nos e rumar a casa. Estava de rastos... O caminho até casa foi duro, mas a boa disposição do Santos foi o quanto baste para irmos conversando e eu ir me aguentando...

Não imaginam o dia que tivemos, o quanto foi duro tornar um dia de pesadelo num dia de sonho, mas valeu muito a pena, e soube-nos muito bem.

Imagino que para muitos estas imagens seriam a fotografia perfeita...

Mas para mim, e sei que para eles, esta é que é a que ficará para a história... A fotografia perfeita...

Material:
Canas: Noucast Strattocast; Daiwa Prime Caster II; Tubertini Twinflex; Vega Hellion; Barros XK; Vega Potenza Evo Caster; Shimano SAT; Shimano Surf Leader; Shimano Antares
Carretos: Shimano Bulls Eye XT; Shimano Aero Technium XSB; Shimano Spin Power; Shimano Super Ultegra; Shimano Ultegra Ci4; Shimano Ultegra XSB; Daiwa Saltiga Surf
Linhas: Awa-Shima S-MISSIL, Awa-Shima Super Cast; Awa-Shima Red Iso; Yuki Kenta; Asari G2; Colmic Onda Mile; Noucast Mimetic/ Estralos: Sufix 100% Fluorocarbono; Seaguar Ace;
Anzóis: Hayabusa FKS; Sasame Chinu; Sasame Super X
Iscos: Casulo; Ganso Nacional; Bicha Branca; Ameijoa Branca; Lingueirão; Titas/Bibis; Batata; Choco; Lula


Filipepc, Guilherme, JoãoNumberone e Aristides Santos